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“Top Gun: Maverick”: 'the need for speed' regressou ao grande ecrã

Atualizado: 19 de jan. de 2024

36 anos depois de ter entrado na Marinha norte-americana, o capitão Pete "Maverick" Mitchell está de volta, com uma nova missão.


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Fotografia: Paramount Pictures


Este é provavelmente um dos melhores filmes dos últimos tempos. “Top Gun: Maverick” é um filme que nos agarra ao ecrã e que não queremos que nunca acabe.


Os primeiros segundos deste filme são de arrepiar, uma vez que são semelhantes ao início do original, com o hino do “Top Gun”. De seguida, e cortando a respiração, surge Maverick de volta no ar e a desafiar mais um almirante, com a “frase de milhões”: “talk to me Goose”.


Para quem viu o primeiro filme, e principalmente no cinema, esta é uma sensação de “déjà-vu”, que nos transporta para o ano de 1986, quando Maverick, juntamente com os seus colegas, eram jovens acabados de entrar na elite do “Top Gun”.


É extraordinário como foi possível produzir um filme que quase se equipara ao primeiro. Sem “mexer” muito na história original, o novo filme é intemporal. E a prova disso é Tom Cruise, que não parece ter envelhecido um dia em quase 40 anos. Este filme é para ser visto, obrigatoriamente, no cinema. Só assim conseguimos viver a derradeira experiência que nos envolve em toda a narrativa.


A forma como este “blockbuster” foi gravado é muito interessante. Se estivermos especialmente atentos, conseguimos perceber que os ângulos e as luzes foram especialmente pensados para o grande ecrã. Ao longo de todo o filme, a imagem apresenta um grão (apenas percetível no cinema e em IMAX), que permite usar menos maquilhagem e criar uma experiência mais real.


Este filme contraria o habitual dos filmes de ação, não recorrendo a grandes explosões e estilhaços para se afirmar como um bom filme. O simples descolar de um F-18 – aviões utilizados pela Marinha dos EUA que foram emprestados para fazer o filme – é suficiente para tornar este filme num verdadeiro novo clássico de cinema. Mesmo sendo um filme com um orçamento de 150 milhões de dólares, não o parece. É um filme à moda-antiga, sem muitos efeitos visuais, quase realizado de forma artesanal. As acrobacias no filme são reais e muitas delas feitas por Tom Cruise.


A música sempre teve um papel fundamental em Top Gun. Se o primeiro deu para a história o tema “Take My Breath Away”, escrito por Georgio Moroder e interpretado pelos Berlin, desta vez a produção recorreu a um verdadeiro peso pesado. Juntamente com Hans Zimmer, Lady Gaga construiu uma narrativa através do tema “Hold My Hand”, provando ser a voz perfeita para esta história que ecoa em qualquer sala de cinema. A cantora aparece completamente submersa no videoclipe da canção (realizado por Joseph Kosinski, o realizador do filme) e nem os famosos óculos de Maverick faltaram.


Este é sem dúvida o papel da vida de Tom Cruise e que o atirou para a ribalta na década de 1980. É a prova de que este é o sítio ao qual pertence, e, como diria Maverick, “this is where i belong”.


“Top Gun: Maverick” estreou em maio de 2022 nos cinemas portugueses e está disponível para streaming na Netflix, prometendo levantar voo. Não perca esta “obra de arte” numa televisão perto de si.

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