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A Religião WOKE, de Jean François Braunstein: uma crença sem perdão

Atualizado: 18 de jan. de 2024


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Capa do livro “A Religião Woke”

A Guerra & Paz Editores acrescentou recentemente mais uma obra à sua estante. “A Religião Woke”, do especialista francês em epistemologia histórica e metodologia da história das ciências, Jean-François Braunstein, é um ensaio que esclarece a origem, motivação e finalidade do movimento de fratura social e política que está a marcar a agenda mediática dos nossos dias: a cultura woke. Trata-se de um movimento social que busca promover a consciência e ação contra injustiças sociais, tendo como enfoque questões como discriminação racial, sexismo e outras formas de repressão.

 

Braunstein, apoiado em teses, conferências e ensaios, afirma que, ao contrário do que se pensa, o movimento não é do foro da racionalidade política, mas do foro religioso. Ele é, justifica, “uma religião sem perdão que tem como como objetivo destruir a liberdade em nome da justiça social".


 A “religião” woke (eu diria seita ou culto), é uma “religião” sem perdão e esperança. Nasceu nas universidades norte-americanas, domina todo o panorama anglo-saxónico e começa a impor-se noutros países do mundo ocidental. Tem como objetivo criar um “mundo fantástico” onde não existem sexos, mas sim identidades de “género” e destruir a herança greco-latina e o racionalismo iluminista. Para isso recorre à eliminação das ciências humanas e avança rumo às ciências puras, como por exemplo a biologia. O autor refere que a “religião woke” teve o mérito de ressuscitar os conflitos raciais, não com a intenção de os solucionar, mas de os incentivar, levando à antagonização das várias “comunidades” humanas, as quais serão divididas em “opressores” e vítimas”. A “igualdade” a favor da “equidade” são ideias rejeitadas, colocando em causa o mundo “cego de cor” preconizado por Martin Luther King.

 

Há muito para dizer sobre esta obra. “Há pano para mangas”, como diz o português. É, sem dúvida, um dos livros que aconselho a leitura atenta e crítica para o ano que se avizinha. É um bom livro para navegar nestes tempos conturbados onde há tanta opinião alheia, mas pouca pesquisa e investigação na construção de um mundo feito de paz, equilíbrio e amor.

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